CONTO DE TODAS AS CORES Mario Quintana

                                https://pt.slideshare.net/Rayana87/as-cores-ativo-12632292

Eu já escrevi um conto azul, vários até. Mas este agora é um conto de todas as cores. Sim, porque era uma vez uma menina verde, um menino azul, um negrinho dourado e um cachorro com todos os tons e entretons do arco-íris. 

Até que, devidamente nomeada pelo Senhor Prefeito, veio ao seu encontro uma Comissão de Doutores - todos eles de preto, todos eles de barbas, todos eles de óculos. E, por mais que cheirassem e esfregassem os nossos quatro amigos, viram que não adiantava nada e puseram-se gravemente a discutir se aquilo poderia ser de nascença ou... 

 Mas nós não nascemos  interrompeu o cachorro.  Nós fomos inventados.

 

QUINTANA Mário. Conto de todas as cores. In: Lili inventa o mundo. São Paulo: Global Editora. © by Elena Quintana. 

 

 

1) A maioria das formas verbais do conto está no modo indicativo, um modo verbal que apresenta ações verbais tidas como reais ou verossímeis. O conteúdo do conto confirma essa afirmativa? Justifique.

2) A Comissão de Doutores se encontrou com:

a) o Senhor Prefeito
b) os homens de preto
c) as crianças
d) o cachorro
e) as crianças e o cachorro.

3) “Eu já escrevi um conto azul, ...” O item que contém um vocábulo que retoma o substantivo conto é:

a) azul

b) arco-íris
c) inventados
d) este
e) escrevi

4) Ao afirmar que a Comissão de Doutores pôs-se a discutir gravemente o assunto dos meninos e do cachorro colorido, o eu lírico passa a mensagem que a discussão ocorreu com seriedade. Essas palavras denotam:

a) tempo

b) modo
c) causa
d) lugar
e) dúvida

5) Cada uma das diferentes gradações que pode ter uma cor entre o seu claro e o escuro. Que vocábulo do texto tem esse significado?

6) A presença do cão com as cores do arco-íris remete a uma aproximação com o ambiente:

a) real
b) concreto
c) infantil
d) racional
e) campestre

7) O mundo da imaginação inicia o conto: “Eu já escrevi um conto azul, vários até. Mas este agora é um conto de todas as cores.”, até que o conflito é introduzido pela passagem:

a) “...era uma vez uma menina verde, um menino azul, um negrinho dourado e um cachorro com todos os tons e entretons do arco-íris”.

b) “...por mais que cheirassem e esfregassem os nossos quatro amigos”
c) “Nós fomos inventados.”
d) “... puseram-se gravemente a discutir se aquilo poderia ser de nascença ou... “
e) “... veio ao seu encontro uma Comissão de Doutores”

8) O eu lírico apresenta, no conto, dois mundos:

a) o da fantasia e o da realidade

b) o da imaginação e o da infância
c) o palpável e o factual
d) o da inventividade e do devaneio
e) o racional e o da sensatez

9) Ao criar coisas que não existem nesse mundo, o eu lírico leva o leitor a refletir que:


a) a criatividade não faz parte do cotidiano do universo adulto.
b) a inventividade transfigura a realidade, causando frustração nas pessoas adultas.
c) a fantasia também integra o cotidiano real.
d) a vivência do mundo real penetra no domínio da fantasia.
e) o ambiente infantil retratado desnorteia o controle do lado racional do ser humano.

10) “ Mas nós não nascemos  interrompeu o cachorro.  Nós fomos inventados.” Um tema existencial, que pode ser identificado nesse excerto é:

a) exploração infantil.

b) formação do Cosmo.
c) pluralidade étnico-racial.
d) origem da vida
e) longevidade do ser humano

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 GABARITO

1) Não, o conto traz o imaginário dos contos de fada e das fábulas: meninos e animais coloridos e um cão que fala.

2) A

3) D

4) B

5) Entretons

6) C

7) E

8) A

9) C

10) D


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