TARTARUGAS Carlos Barros , Wilson Paulino/ João Carrascoza

 



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TEXTO I


QUELÔNIOS

Quais as diferenças entre tartarugas, cágados e jabutis? 


A tartaruga é um animal aquático. Existem tartarugas de água salgada e de água doce. As que vivem em água doce são semiaquáticas, pois também vivem em terra. Os membros das tartarugas transformaram-se em nadadeiras, para facilitar seus movimentos na água. 

Esses quelônios geralmente têm um metro de comprimento e pesam cerca de 200 quilogramas. Mas há exemplares de até 2,5 metros e 800 quilogramas.

 As tartarugas comem frutas e sementes. Só comem carne quando não encontram esses alimentos. A carne das tartarugas é muito saborosa e apreciada no mundo inteiro.

 Os cágados vivem em água doce ou em terra. Seus membros têm cinco dedos terminados em unhas. São menores que as tartarugas, pois medem entre 15 e 30 centímetros. Alimentam-se de peixes e, em cativeiro, aceitam pedaços de carne e minhocas. 

Os jabutis são terrestres. Vivem na mata, sob as árvores, mas gostam de banhos demorados. Sabem nadar, mas não mergulham como as tartarugas e os cágados. 

Medem entre 35 e 40 centímetros, mas alguns chegam até a 70 centímetros de comprimento. 

Os membros dos jabutis parecem pequenas patas de elefante e seus cinco dedos terminam em grossas unhas. Alimentam-se de frutas e suportam bem o cativeiro.


 BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson C. Ciências: os seres vivos – ecologia e saúde. São Paulo: Ática, 2002, p.251.



TEXTO II



O segredo do casco da tartaruga


 Logo que aprendeu a ler, o menino começou a fazer descobertas. Um dia estava folheando um livro e se deparou com a palavra “réptil”. Procurou no dicionário e se surpreendeu com o significado: animal que se arrasta. Cobras, por exemplo. Pensava que réptil tinha a ver com rapidez e era justamente o contrário. O pai riu de seu espanto e disse que as tartarugas também eram répteis. Aliás, uma lenda chinesa afirmava que Deus escrevera o segredo da vida no casco de uma tartaruga.

 O menino gostou dessa escrita de Deus, que utilizou o casco da tartaruga como se fosse uma folha de papel. O pai lembrou que aprender a ler nos livros era só o começo. Com o tempo, o filho poderia ler no rosto de uma pessoa sua história inteirinha. E bastaria observar os olhos de um amigo para ver se neles brilhava a felicidade. Ou tocar as mãos de um homem do campo para conhecer seus sofrimentos.

 Mas o menino, curioso, queria mesmo era saber qual o segredo da vida. Por isso, começou a se interessar pela vida das tartarugas. Conheceu a tartaruga-de-couro, cujo casco parecia uma bola de capotão. A tartaruga-oliva, que lembrava o verde das azeitonas, e a tracajá, típica da Amazônia. Descobriu que a tartaruga-de-pente tinha esse nome porque de sua carapaça se faziam pentes, bolsas e aros para óculos. E aprendeu tudo sobre a tartaruga-cabeçuda, sobre a tartaruga-gigante, atração das ilhas Galápagos, e sobre a Ridley, das praias da Costa Rica.

 Quanto mais estudava, mais o menino se convencia de que realmente poderia descobrir a escrita de Deus naquelas criaturas que carregavam a casa nas costas. Elas tinham carapaças misteriosas, com desenhos estranhíssimos, círculos coloridos, arestas longitudinais. Algumas até pareciam pintura.

 O menino foi crescendo e se tornou um especialista em tartarugas. Sabia distinguir uma adolescente de uma adulta e conhecia como ninguém a desova das espécies marinhas no litoral. Mas também descobriu que, assim como procurava o segredo da vida no casco das tartarugas, outras pessoas buscavam a mesma coisa em lugares diferentes: no pulsar das estrelas, no canto dos pássaros, no silêncio dos olhares, no cheiro dos ventos, nas linhas das mãos, no fim do arco-íris. Tudo ao redor podia ser lido, sorriu ele, lembrando-se das palavras de seu pai. E só o tempo, como um professor que pega na mão do aluno, ensinava essa lição, enquanto as pessoas iam fazendo suas descobertas bem devagarzinho – como as tartarugas. Talvez estivesse aí o segredo. 


João Carrascoza. In: Revista Nova Escola, Abril, nº 111, abril de 1998




(EF69LP07)1) Assinale o item que apresenta a tipologia textual presentes nos textos I e II respectivamente: 

a) injuntiva e expositiva 
b) narrativa e dissertativa 
c) descritiva e narrativa 
d) expositiva e descritiva 
e) dissertativa e injuntiva

   

 (EF89LP32) 2) Quelônios são uma ordem de classificação dos seres vivos que engloba várias espécies. No texto I, “Esses quelônios geralmente têm um metro de comprimento…”, o verbete em destaque faz referência a: 

a) jabutis 
b) cágados 
c) tartarugas 
d) nadadeiras 
e) frutas e sementes

   

 (EF08LP15) 3) Dentre os excertos do texto II, assinale o item que apresenta o verbete que como pronome relativo, ou seja, o verbete refere-se a termo antecedente. 

a) “...animal que se arrasta.” 
b) “Pensava que réptil tinha a ver com rapidez…” 
c) “...disse que as tartarugas também eram répteis.” 
d) “O pai lembrou que aprender a ler nos livros era só o começo.” 
e) “...mais o menino se convencia de que realmente poderia descobrir a escrita de Deus naquelas criaturas…”

   

 (EF67LP04) 4) Assinale o item que, no texto II, expressa uma opinião. 

a)” Por isso, começou a se interessar pela vida das tartarugas.” 
b) “O menino foi crescendo e se tornou um especialista em tartarugas.” 
c) “Um dia estava folheando um livro e se deparou com a palavra “réptil”.” 
d) “E bastaria observar os olhos de um amigo para ver se neles brilhava a felicidade.” 
e) Descobriu que a tartaruga-de-pente tinha esse nome porque de sua carapaça se faziam pentes, bolsas e aros para óculos.”

   

 (EF15LP03) 5) As informações contidas no texto I permitem afirmar que: 

a) cágados são maiores que jabutis. 
b) jabutis são maiores que cágados. 
c) tartarugas são menores que jabutis. 
d) tartarugas são menores que cágados. 
e) cágados são maiores que tartarugas.

   

 (EF09LP08) 6) No Texto II, o excerto “Quanto mais estudava, mais o menino se convencia de que realmente poderia descobrir a escrita de Deus…”, a conjunção em destaque pode ser substituída, sem alteração de sentido, por: 

a) Quando… mais 
b) Logo que… mais 
c) Assim que … mais 
d) Uma vez que … mais 
e) À medida que … mais

   

  (EF08LP09)7) Em “Ou tocar as mãos de um homem do campo para conhecer seus sofrimentos.”(Texto II), Assinale o item que substitui adequadamente a locução adjetiva em destaque, sem alteração de sentido. 

a) rural 
b) urbano 
c) citadino 
d) campineiro 
e) campinense

   

 (EF69LP54) 8) Assinale o item que contém um excerto conotativo do Texto II. 

a) Logo que aprendeu a ler, o menino começou a fazer descobertas. 
b) Pensava que réptil tinha a ver com rapidez e era justamente o contrário. 
c) Com o tempo, o filho poderia ler no rosto de uma pessoa sua história inteirinha. 
d) Sabia distinguir uma adolescente de uma adulta e conhecia como ninguém a desova das espécies marinhas no litoral. 
e) Elas tinham carapaças misteriosas, com desenhos estranhíssimos, círculos coloridos, arestas longitudinais.

   

 (EF69LP44) 9) No texto II, o eu lírico procura descobrir o segredo da vida que é: 

a) Ler é a única maneira de fazer descobertas. 
b) O segredo da vida está nos cascos de tartarugas 
c) As descobertas acontecem com o passar do tempo. 
d) Somente pessoas curiosas sentem-se motivadas para fazer descobertas. 
e) Só é capaz de fazer a leitura de mundo, as descobertas da vida , pessoas alfabetizadas.

   

 (EF07LP10) 10) Em “ Existem tartarugas de água salgada e de água doce.”. A substituição do verbo existir, mantendo o tempo verbal, está de acordo com a norma-padrão em: 

a) Há tartarugas de água salgada e de água doce. 
b) Têm tartarugas de água salgada e de água doce. 
c) Tem tartarugas de água salgada e de água doce. 
d) Havia tartarugas de água salgada e de água doce. 
e) Haviam tartarugas de água salgada e de água doce.

   

 (EF09LP08) 11) No excerto “O menino gostou dessa escrita de Deus, que utilizou o casco da tartaruga como se fosse uma folha de papel.”, a relação estabelecida entre o casco da tartaruga uma folha de papel é de: 

a) comparação 
b) explicação 
c) conclusão 
d) concessão
e) condição

   

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