VILAREJO Marisa Monte, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Pedro Baby

 

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Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraíso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonhos semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina,
Shangri-lá

Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas
Ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos
Os destinos e essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

1) O ambiente retratado no texto apresenta-se como um lugar:

a) inóspito e tedioso, no qual seus habitantes precisam ser heróis para sobreviver.
b) misterioso e belo onde o eu lírico passou a maior parte de sua infância.
c) idealizado e maravilhoso onde felicidade e harmonia são vivenciadas em plenitude.
d) tranquilo, feliz, embora os estrangeiros vivam em comunidades isoladas.
e) selvagem, de natureza exuberante que fica na fronteira entre a Palestina e Shangrilá.


 

2) O verso que reitera a mensagem expressa em “Frutas em qualquer quintal” é :

a) Terra de heróis, lares de mãe

b) Onde areja um vento bom

c) Toda gente cabe lá
d) Em todas as mesas, pão

e) Sonhos semeando o mundo real


3) Palestina é uma região do Oriente Médio que vive em constante conflito com Israel. Shangrilá, uma criação literária inglesa, é um lugar paradisíaco situado nas montanhas do Himalaia. Ao citar esses dois lugares, o eu lírico pretende:

a) Simbolizar  a convivência harmônica entre os seres humanos.

b) Evidenciar a supremacia de Shangrilá na coexistência com a Palestina.

c) Promover a paz na Palestina.

d) Descrever a proximidade entre ambos os territórios.

e) Retratar o acordo de união entre Palestina e Shangrilá.


 

4) A citação dos dois lugares com cenários opostos denota:

a) a instabilidade humana ante um cenários antagônicos.

b) a ambiguidade do ser humano.
c) a transformação de confronto interior em serenidade exterior.
d) o dualismo entre guerra e paz.
e) o alcance do nirvana pelo ser humano.

5) A linguagem do texto é predominante descritiva. Ela coincide com a finalidade do texto?

a) Sim, pois a intenção da autora é descrever um cenário celestial e bélico simultaneamente.

b) Sim .O eu lírico trata o tema como o retrato de um local magnífico à espera de alguém especial.
c) Não. Depois da parte descritiva, ocorre um trecho analítico, dedicado a indagações existenciais.
d) Não. O texto reveste-se de uma fachada descritiva para encobrir sua essência narrativa.
e) Não. O tema é a sofreguidão da pequenez humana ante o divino.


 

6) Em “Paraíso se mudou para ”, o advérbio destacado refere-se a:

a) coração

b) terra de heróis

c) vilarejo

d) horizonte

e) paraíso


 

7) Do verso “ Sonhos semeando o mundo real” infere-se que:

 

a) eles contemplam a concretude de um mundo espiritual.

b) o factual é formado pela consciência , não pela fantasia

c) a metamorfose da realidade só se concretiza com o  devaneio do pensamento humano

d)  mudanças físicas podem proporcionar a transformação de sonhos em realidade.

e)  eles não se contrapõem à realidade; eles são importantes para a construção de um mundo mais justo.


 

8) Assinale o item em que ocorre o emprego de figuras como aliteração e assonância, contribuindo  para a sonoridade do texto,

 

a) “Na varanda, quem descansa” e “Peitos fartos, filhos fortes”

b)  “Em todas as mesas, pão” e “Os destinos e essa canção.”

c) “Frutas em qualquer quintal” e “ Sonhos semeando o mundo real.”

d) “Pra acalmar o coração” e “Lá o mundo tem razão”

e) “Tem um verdadeiro amor” e “ Para quando você for.”


 

9) O excerto “Lá o tempo espera/ Lá é primavera / Portas e janelas/ Ficam sempre abertas” pode sugerir:

 

a) uma visão utópica da realidade.

b) uma crítica ao cotidiano de vivermos cada vez mais trancados.

c) uma analogia entre o paraíso e o mundo celestial.

d) um olhar desalentador para o cotidiano

e) um repente de transformação pessoal.


 

10) O emprego de locuções adjetivas no verso “Terra de heróis, lares de mãe” assumem um valor conotativo, expressando:


a) singeleza

b) paternalismo

c) afetividade

d) bravura

e) generosidade




11) O item que justifica a aproximação do Texto com o Arcadismo é:

a) aludir à subjetividade, destacando o caráter ufanista valorizado pelo Arcadismo.

b) fazer referência ao “fugere urbem”, expressão latina que significa fugir da cidade, lema da literatura árcade.
c) reportar o leitor ao tema citadino , tema árcade recorrente.
d) contrastar a realidade bucólica, retratada por meio da primavera, com a realidade.
e) evidenciar temas árcades como a idealização da infância e o sentimentalismo, apontando para a fuga da realidade.



12) No texto, vilarejo é apresentado como um paraíso. O item que confirma essa afirmativa é:

 

a) agitação
b) enfrentamento
c) alienação
d) parcimônia
e) acolhimento


13) O verso que se relaciona intimamente com “... lares de mãe” é:


a) Na varanda, quem descansa
b) Toda gente cabe lá
c) Pra acalmar o coração
d) Os destinos e essa canção
e) Peitos fartos, filhos fortes

14) De acordo com o eu lírico, o que enfeita os destinos?

a) vestidos

b) caminhos
c) flores
d) mesas
e) canção


15) Assinale o item que  apresenta sentido conotativo e denotativo?

a) Flores enfeitando/ Os caminhos, os vestidos /Os destinos e essa canção

b) Vem andar e voa / Lá o tempo espera
c) Há um vilarejo ali / Onde areja um vento bom.
d) Por cima das casas, cal / Frutas em qualquer quintal.
e) Portas e janelas / Ficam sempre abertas


16) No verso “Em todas as mesas, pão” ocorre  um recurso coesivo em que há supressão de um termo facilmente subentendido pelo contexto linguístico ou pela situação. Trata-se de :

a) hipérbole

b) elipse
c) metáfora
d) aliteração
e) eufemismo


 

17) No que se refere ao excertoNa varanda, quem descansa / Vê o horizonte deitar no chão.”, é correto afirmar:

a) verifica-se a ocorrência de personificação.

b) a linguagem é descritiva e denotativa.

c) varanda e horizonte estão empregados com sentido de oposição.

d) o verbo descansar não possui sujeito.

e) na varanda e no horizonte são marcadores temporais.


 

18) “Há um vilarejo ali / Onde areja um vento bom / Na varanda, quem descansa vê o horizonte deitar no chão.” O item que mantém a coerência com o contexto textual é :

a) Um vento bom areja na varanda.

b) O horizonte deita na varanda.
c) Um vento bom areja ali no vilarejo.
d) Vê-se da varanda o horizonte deitando no chão.
e) Ao ventar na varanda, vê-se o horizonte que deita no chão.

 

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