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Mostrando postagens de junho, 2021

SIGLOMANIA (Adaptado de Tato Taborda)

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        Há quase 1500 anos, o imperador Justiniano, alarmado com o excesso de abreviaturas nos documentos oficiais, proibiu o seu uso e estipulou severas punições para os funcionários que insistissem.             Pobre Justiniano! Que faria se vivesse no mundo de hoje?             Mundo saturado de siglas.             Em 1960, tínhamos, no Brasil, cerca de 4000 siglas. Em 1973, já eram mais de 10.000. (...)             A siglomania começou a tomar conta do mundo depois da Segunda Guerra Mundial. No Brasil, apareceram os IAPS (Institutos de Aposentadorias) hoje reunidos sob a sigla INSS e as siglas dos partidos políticos. Aos poucos, essas abreviaturas, que economizavam tempo e palavras, foram sendo conhecidas e usadas pelo público. E as siglas surgiram na publicidade. Uma das primeiras (e hoje famosa) siglas usadas na propaganda foi a do sabonete Lifebuoy, o único que combate o “cc” (cheiro do corpo).             A criação das siglas evoluiu bastante.             No início

SEGURA A ONÇA QUE EU SOU CAÇADOR DE PREÁ - José Cândido de Carvalho

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            Não passava de um modesto caçador de preá. Era Bentinho Alves, dos Alves de Arió do Pará. Em dia de semana gastava os olhos no pilulador da Farmácia Brito. Em tempo de feriado consumia as vistas no rasto das preás. Até que resolveu caçar bicho de maior escama:             _ Comigo agora é na onça! Ou mais que onça! Na tal da pantera negra.             Foi quando deu em Arió do Pará um doutor de erva aparelhado para fazer os maiores serviços de mato adentro. Mediante uns trocados, o curandeiro botava macaco para desgostar de banana e tamanduá correr com perna de coelho. Bentinho, exagerado, mandou que o especial em erva preparasse simpatia capaz de fazer morrer na pólvora de sua espingarda as caças mais grossas, coisa assim no montante de uma capivara de banhado ou uma onça das mais pintadas. E no ardume do entusiasmo:             _ Ou mais! É aparecer e morrer.             O curandeiro tirou uma baforada do covil dos peitos e mandou que Bentinho largasse no rodapé d

FLAGRA - Rita Lee e Roberto de Carvalho

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No escurinho do cinema Chupando drops de anis Longe de qualquer problema Perto de um final feliz Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck Não vou bancar o santinho. Minha garota é Mae West Eu sou o Sheik Valentino Mas de repente o filme pifou E a turma toda logo vaiou Acenderam as luzes, cruzes! Que flagra! Que flagra! Que flagra!                                                (disponível em www.letras.mus.br)                                             youtube.com 1) A pronúncia de nomes de atores célebres do cinema americano no 5º verso leva a um criativo efeito cômico. a) Explique esse efeito, valendo-se de elementos fônicos e morfossintáticos.   b) Identifique, no plano vocabular, a relação semântica entre o 5º e o 6º verso.   2) O que justifica o emprego do termo escurinho no 1º verso?   3) Diminutivo é uma palavra empregada para transmitir um menor grau de seu sentido original, mas, em alguns casos, pode transmitir outros sentidos, como ocorre no texto. O termo es