O PAVÃO Rubem Braga

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          Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros; e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
          Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
          Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.


1) Na verdade, as cores dos pavões não dependeriam das suas penas, mas do modo como a luz é refletida por elas. Isso leva eu lírico  a fazer considerações acerca da criação artística e a importância da simplicidade, por meio de :

a) eufemismos
b) ironias
c) hipérboles
d) personificações
e) metáforas




2) Assinale o item em que as informações vão ao encontro do texto:


a) Para o eu lírico, o luxo do grande artista é atingir o mínimo de matizes com o mínimo de elementos.
b) O grande mistério do artista é a complexidade.
c) O eu lírico compara a sua amada a um pavão.
d) O eu lírico descobriu que as penas do pavão, na verdade, não são coloridas por pigmentos, mas por bolhas d’água.
e) Para o eu lírico, a fragmentação da luz se reflete nos olhos da amada.

3) O eu lírico aborda, em cada parágrafo, considerações sobre assuntos distintos, mas que, ao final do texto, se integram dando o sentido do texto. Essas considerações são respectivamente:

a) a respeito do pavão, sobre o arco-íris, sobre o olhar.

b) a respeito do pavão; sobre o trabalho do artista, sobre o amor.
c) sobre as cores do arco-íris, sobre o pavão, sobre o amor.
d) sobre o artista, sobre o amor , sobre as cores do pavão.
e) a respeito do pavão, sobre as cores do arco-íris, sobre o olhar.

 

4) O início semelhante dos 3 parágrafos proporciona ao leitor:


a) reiteração de um sentimento de superioridade vivenciado pelo eu lírico.
b) continuidade da reflexão estimulada pela observação da ave.
c) constatação do paradoxo entre a beleza da ave e o amor.
d) consentimento de que o amor invade a alma do eu lírico.
e) prosseguimento das ponderações acerca do amor.

5) Que excerto expressa uma opinião?

a)” Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial”.

b) “Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão”.
c) “O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma”.
d) “... de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos ...”.
e) “Não há pigmentos.”

6) A partir da leitura do texto, é possível inferir que o eu lírico:


a) é apaixonado pela natureza.
b) faz uma reflexão sobre as incertezas e os sofrimentos da vida.
c) apresenta o esplendor das cores do pavão para depois estabelecer uma comparação amorosa.
d) faz uma crítica aos pintores que trabalham com poucas cores.
e) traduz as cores do pavão como simplicidade da vida.

 

7) Do verso “O pavão é um arco-íris de plumas.” infere-se:


a) as cores do pavão são a reprodução minimalista dos matizes do arco-íris.
b) a coloração do pavão advém do arco-íris.
c) o arco-íris é como o pavão.
d) o pavão é uma ave com penas que reproduzem o arco-íris.
e) as multicores do pavão são uma ilusão de ótica.

 

8) Em “Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar.”,  assinale a alternativa que pode substituir, sem prejuízo para o contexto textual , os termos destacados :

a) oculta e instiga
b) ascende e reverbera
c) desperta e cintila
d) realça e atenua
e) majora e enaltece




9) O item em que não há emprego de adjetivo é:


a) Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores.
b) O que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, como em um prisma.
c) Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos.
d) Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
e) Seu grande mistério é a simplicidade.

 

10) “O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma”, o pronome em destaque  refere-se:


a) à luz.
b) ao arco íris de plumas.
c) àquelas cores todas.
d) às minúsculas bolhas d’água.
e) ao luxo do artista.

 

11) No trecho “Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial”, o adjetivo destacado produz o sentido de:


a) habitual.
b) pomposo.
c) imprevisto.
d) inexplicável.
e) desnecessário.

   

12) “Eu considerei que este é o luxo do grande artista”, a expressão em destaque é retomada em:

a) “O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta”.
b) “descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão”.
c) “atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos”.
d) “O pavão é um arco-íris de plumas”.
e) “Ele me cobre de glórias e me faz magnífico”.

 

13) A expressão “por fim” em “Considerei, por fim, que assim é o amor” tem o valor semântico de:

a) finalidade.
b) tempo.
c) condição.
d) espontaneidade.
e) contradição.

 

14) No excerto “...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim...” é possível identificar que a sucessão dos verbos compõe uma :

a) gradação.
b) inversão.
c) tabulação.
d) analogia.
e) paridade .



15) Em “...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim...”, o pronome em destaque refere-se ao:

a) pavão.
b) matizes.
c) artista.
d) amor.
e) olhar .



16) “... atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos”. O valor semântico da preposição em destaque é:

a) meio.
b) tempo.
c) proporção.
d) instrumento.
e) comparação .



17) “Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores;” a expressão que melhor substitui o termo em destaque, sem alteração de sentido é:

a) indicando com alegria.
b) expondo com desdém.
c) apresentando simplesmente.
d) desfilando com humildade.
e) mostrando orgulhosamente.

      

18) O recurso anafórico empregado pelo eu lírico com a repetição da expressão “Eu considerei” também está presente nos seguintes versos do Legião Urbana:

a) "Nosso suor sagrado/É bem mais belo que esse sangue amargo/E tão sério"
b) "É preciso amar as pessoas/Como se não houvesse amanhã/Porque se você parar pra pensar/Na verdade, não há"
c) "E hoje a noite não tem luar/E eu estou sem ela/Já não sei onde procurar/Não sei onde ela está"
d) "Quando tudo está perdido/Sempre existe um caminho/Quando tudo está perdido/Sempre existe uma luz"
e) "Quando o Sol bater/Na janela do teu quarto/Lembra e vê/Que o caminho é um só"

 


19) Gênero textual que aborda acontecimentos do dia a dia de uma forma diferenciada. Muito encontrado nos meios de comunicação como revistas, jornais e rádios, e tem como objetivo fazer uma análise crítica das situações cotidianas, possibilitando ao leitor uma reflexão sobre aquele assunto. A partir dessas informações. pode-se afirmar que o texto “O pavão” é :

a) crônica.
b) conto.
c) fábula.
d) novela.
e) romance.

      

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Veja também:

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Comentários

  1. Boa tarde! Muito bom exercício. Poderia, por gentileza, me explicar por que na questão 13 a expressão "por fim" tem valor de tempo e não finalidade?

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    1. Boa tarde! A locução adverbial "por fim" , foi empregada para dar ideia de conclusão, significa enfim, finalmente, advérbios de tempo. Espero ter esclarecido.

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    2. Ah sim! Agora eu entendi. Muito obrigada :)

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