DESCOBRIMENTO Mário de Andrade

 


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Abancado à escrivaninha em São Paulo

Na minha casa da rua Lopes Chaves

De sopetão senti um friúme por dentro.

Fiquei trêmulo, muito comovido

Com o livro palerma olhando para mim.


Não vê que me lembrei que lá no norte, meu Deus! muito longe de mim

Na escuridão ativa da noite que caiu

Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos,

Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,

Faz pouco se deitou, está dormindo.


Esse homem é brasileiro que nem eu.


(EF67LP28)1) Após a leitura do texto, é possível inferir que o eu lírico refere-se ao descobrimento de um(a): 

a) lugar. 
b) livro raro. 
c) profissão. 
d) tema poético 
e) verdade angustiante.

   

 (EF69LP44) 2) O que o eu lírico descobriu foi a existência de: 

a) grande variedade de raças. 
b) diferenças socioeconômicas. 
c) imensidão do território brasileiro. 
d) modificações regionais de costumes. 
e) produtos necessários à vida moderna.

   


 (EF67LP28)3) Assinale o item que não revela o estado de espírito do eu lírico. 

a) friúme. 
b) trêmulo. 
c) palerma. 
d) abancado. 
e) meu Deus!

   

 (EF67LP28)4) A expressão “livro palerma” sugere que o livro: 

a) não tratava de um assunto sério. 
b) também possuía reações humanas. 
c) depois de lido não tinha mais utilidade. 
d) focalizava assuntos conhecidos pelo eu lírico. 
e) fosse qual fosse seu conteúdo, perdera todo o interesse.

   

 (EF69LP54) 5) Hipálage é uma figura de linguagem em que se atribui uma característica a um ser que logicamente não lhe pode ser atribuído, criando uma transposição de sentidos. Essa figura, no texto, ocorre em: 

a) “Abancado à escrivaninha em São Paulo” 
b) “Fiquei trêmulo, muito comovido.” 
c) “Com o livro palerma olhando pra mim.” 
d) “Um homem pálido…” 
e) “Faz pouco se deitou, está dormindo.”

   

 (EF69LP44)6) No excerto, “ Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos, Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou ,está dormindo” , o eu lírico refere-se a um profissional : 

a) barbeiro. 
b) agricultor. 
c) borracheiro. 
d) seringueiro. 
e) funcionário público.

   

 (EF67LP28)7) “ Não vê que me lembrei que lá no norte, meu Deus! muito longe de mim”. A partir desse verso, assinale o item com estado nortista. 

a) Bahia 
b) Piauí 
c) Ceará 
d) Maranhão 
e) Amazonas

   

 (EF09LP06) 8) Em “ Fiquei trêmulo, muito comovido”. o verbo em destaque revela: 

a) estado permanente do sujeito. 
b) estado transitório do sujeito. 
c) estado aparente do sujeito. 
d) mudança de estado do sujeito. 
e) continuação de estado do sujeito.

   

 (EF08LP15) 9) Nos versos “ Na escuridão da noite que caiu/ Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos”, o pronome que refere-se: 

a) ao homem pálido. 
b) à escuridão da noite. 
c) a cabelos escorrendo. 
d) à magreza do homem. 
e) aos cabelos nos olhos.

   

 (EM13LP15)10) O poema marca a postura nacionalista manifestada pelos escritores modernistas. Recuperando o fato histórico do “descobrimento”, a construção poética problematiza a representação nacional a fim de: 

a) resgatar o passado indígena brasileiro. 
b)criticar a colonização portuguesa no Brasil. 
c)defender a diversidade social e cultural brasileira. 
d)promover a integração das diferentes regiões do país. 
e)valorizar a Região Norte, pouco conhecida pelos brasileiros.

   

 REFERÊNCIA:;Comunicação Interpretação vol4 . Leite, Roberto A.Soares; Nunes, Amaro V., Erman, Rosa 

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