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Mostrando postagens de julho, 2022

ALMOÇO MINEIRO Rubem Braga

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  http://www.aesul.com.br/sai-promove-almoco-mineiro-no-dia-19-de-marco/             Éramos dezesseis, incluindo quatro automóveis, uma charrete, três diplomatas, dois jornalistas, um capitão-tenente da Marinha, um tenente-coronel da Força Pública, um empresário do cassino, um prefeito, uma senhora loura e três morenas, dois oficiais de gabinete, uma criança de colo e outra de fita cor-de-rosa que se fazia acompanhar de uma boneca.            Falamos de vários assuntos inconfessáveis. Depois de alguns minutos de debates ficou assentado que Poços de Caldas é uma linda cidade. Também se deliberou, depois de ouvidos vários oradores, que estava um dia muito bonito. A palestra foi decaindo então, para assuntos muitos escabrosos: discutiu-se até política... Pelo entusiasmo reinante supomos que foram brindados o soldado desconhecido, as tardes de outono, as flores dos vergéis, os proletários armênios e as pessoas presentes. ...           Mas nós todos sentíamos, no fundo do coração, que na

Tirinha do caramujo Caramelo III

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  TEXTO I 1) Observando os três primeiros quadrinhos, verifica-se que ocorre uma:   a) reavaliação b) transição c) revisão d) gradação e) enumeração E GABARITO   2) O efeito de humor da tirinha ocorre: a) na citação de fofocas que a joaninha visualiza b) na citação do que a joaninha visualiza. c) no fato de um inseto acessar a internet. d) na queda da joaninha. e) no vocabulário da joaninha. D GABARITO   3) O tema do texto é: a) o excesso de informação disponível na internet. b) o conteúdo textual disponível na internet. c) crítica à inserção de fofocas na internet. d) a enumeração de gêneros textuais. e) o incentivo à manifestação de opiniões pessoais. A GABARITO   4) Na fala da joaninha: “Acho que estou sofrendo de “ obesidade de informação”, o vocábulo destacado pode ser substituído, sem alteração de sentido, por: a) carência b) potência c) escassez d) exagero e) rigidez D GABARITO   5) O emprego das reticências, no último quadrinho, in

PARAÍSO LEMBRADO Lya Luft

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    https://br.pinterest.com/pin/781444972816478386/                      Não havia ostentação na casa grande. Todo o luxo, o exagero todo ficavam no jardim que se estendia atrás. Gramados de veludo com a sombra das árvores crescendo no fim da tarde; no roseiral, onde aprendi a sensualidade dos perfumes e fazia besouros pretos e amarelos rastejarem na minha mão; a cerca de araçá e outras frutas vagamente proibidas: a mãe queria que a gente só comesse maçã argentina, sem saber da delícia das pitangas, ou das jabuticabas da árvore alta de onde um dia o jardineiro teve de me tirar com escada na mão.         O balanço, onde eu cantava histórias com letra e música inventadas na hora, certamente ainda balançaria ao peso das minhas memórias, se estivesse ali. Mais adiante, o lago, talvez um pequeno açude brotando incansável de algum olho-d’água submerso, onde pesquei tanto lambari com anzol de alfinete. O puxão, susto e alegria, o risco de prata saltando sobre a água, vitória e compaixã

FELICIDADE Roseana Murray

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                   Toda história de amor tem beijos, corações entrelaçados, palpitações. Às vezes, a história dá certo: um homem e uma mulher colam sua vida uma na outra. Cada um traz a própria história: seus retratos, suas lembranças, sua infância, seus pensamentos. No dia do casamento. o futuro é como um planeta desconhecido, uma gaveta imensa de onde sairão filhos e filhas, ilhas de sonhos e felicidade. Na casa em que vão morar tudo é novidade. O jeito que cada um faz as coisas, o jeito que cada um arruma e desarruma as flores e os armários. Tem dias que tudo é fácil, em outros é tempestade. Palavras são  perigosas pelo tanto que possuem de mel e de veneno.              E a vida vai seguindo o seu curso, de segunda a domingo, como as águas de um rio. Um dia chega o primeiro bebê trazendo consigo o mistério do universo. A casa se agita, enche-se de fraldas, novos cheiros, choros, noites maldormidas, no silêncio da madrugada, com o filho aconchegado no peito, a mãe sonha mil e uma

QUARTO EM ARLES Vincent Van Gogh

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                                                                                                                                                                                                https://www.historiadasartes.com/ 1) Na obra, há evidências de que o artista está à espera de alguém. Essas evidências podem ser inferidas pela presença: a) de cores fortes. b) de duas cadeiras. c) do chão inclinado. d) de quadros pendurados. e) de um cobertor vermelho. B GABARITO 2) Embora buscasse transmitir tranquilidade, a obra do artista reflete: a) tensão, solidão b) melancolia , capricho c) esmero, introversão d) imponência, frieza e) acolhimento, exílio A GABARITO 3) Os móveis em desalinho, o chão aparentando cair para frente são indícios de: a) caos mental em que o artista estava mergulhado. b) expectativa de mudança vivenciada pelo artista. c) ânsia por vivenciar uma nova fase da vida. d) perturbação mental provocada por traumas de infância. e) crise de ausência exper